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14 novembro, 2009

Uma história entre tantas outras ;



Vanessa Dias, S. João da Talha ;

"Primeiro de tudo, devemos falar de perturbações, mesmo que muitos de vocês achem um exagero ou grau de dramatismo muito elevado. No entanto, é por não levarmos este tipo de problemas a sério que o número de obesos, bulímicos, diabéticos e anoréxicos aumenta.
Todas estas doenças relacionam-se com o nosso estado espiritual, intelectual, psicológico, físico e social. Espiritual, porque depende das nossas crenças. Intelectual, porque a qualidade e quantidade de informação sobre estes temas que possúimos podem, ou não, ajudar a entender-nos a nós próprios. Psicológico, porque o nosso estado psíquico, o nosso humor e a nossa percepção são dos pontos que mais influenciam no desencadeamento das doenças do comportamento alimentar. Por fim, físico, se não estamos contentes com o nosso corpo, e social, porque aquilo que vemos, as nossas relações com os outros e os nossos hábitos sociais ditam as regras do modo como vivemos o dia-a-dia.
Eu sofri de obesidade mórbida, já tive um IMC (indíce de massa corporal) superior a 40. Levei dois anos e meio a perder cerca de 50 quilos. Não fiz nenhuma cirurgia e muito menos usei medicamentos ou químicos. Contactei os serviços públicos de obesidade e fui ajudada. (Sim, estes serviços existem!)
Uma dieta (e não gosto de lhe chamar dieta, devido ao valor perjurativo da palavra), muito exercício físico e querer foram suficientes. Um caso de sucesso sem dúvida, algo que desejava atingir. Contudo, quais as consequências?
Posso dizer para já que este processo não foi um caminho de pétalas de rosas, mas sim de alguns espinhos. Claro que não posso pensar que seria melhor continuar num estado grave de obesidade, mas confesso que cheguei a desejar voltar atrás.
E porquê? As transformações sociais, de relação com os outros, a obcessão e medo de voltar a ganhar peso, fizeram-me chegar neste momento à Bulimia. Não à bulimia que estamos habituados a associar ao vómito.
Sou bulímica porque como compulsivamente num curto espaço de tempo quantidades de comida impensáveis e mais tarde realizo exercício físico intensivo. Ainda há 45 minutos voltei a ter outro ataque. Eu sei aquilo que estou a fazer, conheço perfeitamente a doença, que devo parar e controlar-me... mas não consigo e isso irrita-me profundamente.
Sempre ouvi dizer que um médico não pode ser médico dele mesmo e o mesmo se passa comigo. Não é por estudar nutrição que me consigo curar. Até porque isto passaria mais por um psicólogo do que por um nutricionista. Há perturbações graves desde o tempo da obesidade mórbida.
Cada dia que nasce é um dia de uma nova tentativa mas que sai sempre falhada. Amanhã o dia nasce outra vez, se não ficar a dormir enfio-me no ginásio e depois segue-se uma tarde de trabalho. Ao fim da noite, quando chego, só me apetece descarregar na comida. O meu bom controlo sobre a comida perdeu-se. É como o vício do álcool ou do jogo, por isso eu comparo sempre estas doenças aos vícios. Há sempre uma hipótese de recaída e de descontrolo."

- Evita entrar no jogo, porque não existe nada que te leve a voltar atrás.

2 comentários:

  1. Onde é que foram desencantar esta pérola cheia de erros? :) Deve ter pelo menos 3 anitos.

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